N' Roses: ...Ba Be Bi Bo Bu!!!

sexta-feira, abril 18

...Ba Be Bi Bo Bu!!!

A Blogagem da vez vem de Georgia, do
saia justa
com o tema "Contra o Analfabetismo"
...criticar...opinar...acrescer...





"Como professor o maior problema que enfrento é o chamado "analfabetismo funcional", ou seja as crianças aprendem a ler, escrever, mas não são capazes de entender. Por exemplo: em uma aula, quando abordava sobre o Rio São Francisco, tive que colocar o mapa no chão da sala de aula e pedir para que os alunos ficassem sobre ele, para que assim, eles compreendessem que, rio não "sobe" de Minas Gerais ondenasce para no final em Sergipedivisa com Alagoas, desembocar no Oceano Atlântico.
Piada? Mas maioria não compreende que o Norte não é "em cima" e o Sul "em baixo" e que nós não vivemos "de lado", porque o Brasil esta na curva descendente do globo."
O desafio do educador alem de instruir é vencer essa barreira fortalecida por políticas educacionais equivocadas que não cabe aqui abordar, mas nos colocam alguns passos atrás nessa corrida contra o analfabetismo.






Prof. Laércio Lopes de Souza
Colegio Santa Clara de Tres Rios - RJ
Colegio Conego - Matias Barbosa-MG
Colegio Juscelino Kubistcheck - Santana do Deserto- MG





BRASIL ANALFABETO:

A queda de 29,1% na taxa de analfabetismo entre 1996 e 2006 não foi suficiente para tirar o Brasil do incômodo penúltimo lugar no ranking de alfabetização na América do Sul. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o percentual de brasileiros que não sabem ler e escrever é inferior apenas ao da Bolívia, onde a taxa de analfabetismo foi de 11,7% em 2005.
Em relação a todos os países latino-americanos e caribenhos
, o Brasil também vai mal no quesito: tem o 9º pior índice do grupo. Mais
grave ainda é a situação do Nordeste, que tem o mais elevado índice entre as cinco regiões do país. Na média, um em cada cinco nordestinos declarou que não sabe ler nem escrever um bilhete simples.


Bruno Aragaki
redator/UOL



O que podemos fazer para diminuir a taxa de analfabetismo no país?
Pesquisas mostram que a educação – e a alfabetização em particular, constitui um motor para a expansão econômica e, ao mesmo tempo, mola propulsora de desenvolvimento social e político , reunindo, assim, dimensões de um processo que hoje se caracteriza como desenvolvimento humano.
Cada ano de escolaridade acrescentado à população adulta de tais países, entre os quais se inclui o Brasil, implica
aumento médio
de 3,7% na taxa de crescimento econômico de longo prazo.
Pessoas alfabetizadas e educadas são mais capazes de cuidar da sua saúde e nutrição, bem como são capazes de oferecer melhores condições de saúde, nutrição e educação às suas crianças, criando uma geração com maiores oportunidades de viver bem e com menor pobreza que a precedente.
É importante mencionar também que, se tomarmos o conceito de “analfabeto funcional”, que inclui todas as pessoas que possuem menos de quatro séries de estudo concluídos, esse número de analfabetos salta para mais de 30 milhões de brasileiros.
É fundamental que governo e sociedade estejam comprometidos criando assim uma participação mais ativa e fundamental para a articulação e formulação de políticas educacionais mais efetivas para o Brasil.



UNESCO
Jorge Wherhein




...antes de dizer o que podemos fazer algumas palavras...minhas...
Quando guria pequena passava férias na fazenda de meu tio e lá havia uma escola feita para os filhos da colônia de trabalhadores da fazenda. Era de pau-a-pique, porta pesada de madeira ( sem chave e cadeado: LIVRE ).
Janelas, muitas janelas. Carteiras antigas, de madeira sólida, onde se levantava a tampa para guardar a cartilha e o caderno de caligrafia...genteeee eu tinha só 5 anos...e ficava fascinada...
Imaginava se a professora de Zézinho ( filho do Capataz meu amigo de férias por lá ) era bonita e ele dizia que era, que a chamava de professorinha ( depois de muito tempo soube que ela era uma mocinha, de apenas 16 anos que estudava na cidade e o pouco que sabia repassava para as crianças e idosos da fazenda ). Formou-se em escola publica como normalista.
E eu quando voltava para minha vida de cidade tinha minha escola, meus livros guardados e encapados com a côr do ano ( verde, vermelho ou azul) dentro de uma maleta de couro preta enorme e pesada...estudava a tarde e nunca rendi nesse horário...Eu tinha livros, para cada matéria um caderno e um livro e uma única professora no primário ( hoje ensino fundamental )professora essa que amei muito e chamava-se Dona Inês.
Era alta e forte, eu respeitava como se fosse minha mãe, jamais ouvi uma bronca ou ela ficar nervosa.
Matéria era dada. Nós aprendiamos. Nós sabiamos.
O que eu quero com isso dizer?
Quero dizer que, nós podemos fazer muita coisa para que nossos filhos e outras crianças aprendam como nós aprendemos. Podemos incentivar.
Ler, gostar de ler. Alguem aí lembra de Jose Mauro de Vasconcelos? De Meu Pé de Laranja Lima e ou Confissões de Frei Abobóra? Com meus 13 anos eu tinha a coleção de Monteiro Lobato, de gibis... é gibis!!! E o que nossas crianças tem hoje? Livros? Eles partem para escola todos apostilados! As férias eram de dezembro à março com as férias de julhos sempre sonhadas...( delicia ) E minha professora tinha tempo sobrando, para na ultima semana, antes das férias fazer jogos em sala de aula...
E hoje? Hoje temos crianças sem saber o que escrevem e o que estudam. Livros para que? Habemos Internet e as Apostilas. Pesquisar é clicar, imprimir e várias folhas A4. Professores? Alguns sim podemos chama-los assim, mas a grande maioria hoje bate ponto e mal cumpre com seu papel.
O que fazer? Cobrar de quem?
Antes que eu tenha que cobrar, eu faço o que é certo: livros, pesquisa em Internet antes eles têm que saber o que estarão pesquisando. Ler? Sim ler gibi, Harry Potter, Monica e Cebolinha é saudável e ocupa a mente.
Governo tem que parar de criar faculdades diversas e cotas para isso ou aquilo. Professores tem que sim ter seus salários dignos, mas tambem tem que ser dignos como professores.
A escola é a continuação de nossa casa.
É na escola que a base de um bom cidadão é formado.
São nossas escolas que temos que salvar para podermos salvar nossas crianças.
Rosemarie Flaquer


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